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18 de Abril de 2024

Os crimes cibernéticos e sua relação com os acontecimentos midiáticos

Hackers e cibercriminosos se aproveitam de grandes eventos para aplicar golpes que resultam em obtenção de dados importantes

Publicado por Fernanda Favorito
há 10 anos

Estamos em um mundo cada dia mais conectado onde tudo já faz parte da grande internet e onde a variedade de suportes, as formas de acesso às informações, a explosão das redes sociais ou a mobilidade conseguiram revolucionar nossas vidas. A Internet penetrou em nosso mundo cotidiano, porém, de forma paralela surgiu um fenômeno cada vez mais intenso: O crime cibernético.

É cada vez mais frequente ouvir falar de redes de bots ou de vazamentos de dados de milhões de usuários e temos de ser conscientes de que a segurança de nossa vida digital passa por enfrentar um conjunto de novas ameaças que chegaram para ficar.

As ameaças que assolam a rede são contadas agora em milhares e os ciberataques se diferenciam por serem bem preparados e sofisticados ou por usar ferramentas de engenharia social para conseguir seus fins. Neste contexto, acontecimentos de relevância mundial como grandes eventos esportivos ou mediáticos estão na mira dos delinquentes cibernéticos pois os fãs recorrem mais do que nunca à rede em busca de dados, vídeos, páginas onde realizar apostas, etc. E os riscos para a segurança multiplicam-se.

A internet se nutre de informações e quando ocorrem estes acontecimentos mediáticos relevantes a quantidade de malware que circula pela rede cresce exponencialmente. Spam, falsas páginas de apostas, links que conduzem diretamente a websites perigosos ou arquivos que ao serem baixados podem infectar nossos computadores são apenas algumas das armadilhas habituais. Igualmente no que se refere às redes sociais são os perfis falsos de pessoas ou de empresas relacionadas a outras as ferramentas que podem tornar-se mais efetivas para os hackers.

Grandes eventos como a Copa Mundial de Futebol do Brasil são exemplos do que expomos. As apostas por Internet multiplicaram-se exponencialmente, assim como a venda de ingressos e o acompanhamento nas redes sociais. Para os delinquentes cibernéticos toda esta atividade que cerca eventos de grande relevância é uma oportunidade para multiplicar as armadilhas na rede com um objetivo principal: obter dados e cometer fraudes.

Por isto é essencial não baixar a guarda e não cair no chamariz de visitar websites ou baixar arquivos de fontes pouco confiáveis. Em todas estas circunstâncias de risco para a segurança de nossos dados e dispositivos é mais importante do que nunca voltar ao básico, ou seja aos conselhos para uma navegação inteligente que nos permitirão desfrutar de tudo o que nos permite a Internet sem com isto comprometer nossa segurança. Se tivéssemos que elaborar um decálogo de conselhos, seriam estes:

1. Configurar a rede de forma segura e com senhas habilitadas. Se utilizar um roteador sem fio convém mudar a senha.

2. Utilizar um antivírus com licença e mantê-lo sempre atualizado. Instalar um firewall.

3. Não abrir e-mails sem conhecer a procedência dos remetentes. Evitá-los especialmente se o assunto vem personalizado com nosso nome ou com algum dado pessoal ou que nos levam diretamente para um link.

4. Não baixar arquivos sem comprovar as fontes de procedência.

5. Não visitar páginas web nem certificar-se em nenhum website que não consideremos cem por cento seguro. Se teclarmos em Google “Apostas Mundial Brasil” encontraremos cerca de um milhão de resultados, temos que assumir que muitos destes sites são pouco confiáveis.

6. Atenção aos conteúdos: Após um link com um conteúdo muito chamativo ou surpreendente ou atrás de uma mensagem com um assunto deste tipo pode estar um truque de atração.

7. Considerar os menores como um grupo de alto risco: Ativar e configurar o controle dos pais se for possível. Explicar e supervisionar os hábitos de navegação dos adolescentes e menores que naveguem sozinhos.

8. Se nos conectamos a partir do dispositivo móvel, levar em conta que todos os sistemas operacionais incluindo Android, iOS, Blackberry e Windows consideram seus próprios desafios para a segurança. As ameaças podem vir dos aplicativos móveis, dos navegadores ou de um sistema Bluetooth ou de um ponto de acesso Wi-Fi que não seja suficientemente seguro.

9. As redes sociais: A criação de perfis falsos é uma prática habitual dos delinquentes cibernéticos. Desconfie de perfis com um número de amigos ou seguidores suspeitos ou com nomes fictícios.

10. Se encontrar alguma evidência de uma página falsa ou acreditar ser vítima de qualquer fraude pela Internet recorra às autoridades.

Definitivamente nos devemos manter bastante alerta sobre o auge do crime cibernético, ter precauções e levar em conta que os acontecimentos desta magnitude são sempre uma porta de entrada para os delinquentes cibernéticos.

Claudio Bannwart é country manager da Check Point Brasil.

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2 Comentários

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Olha, existe algo, MUITO DIFÍCIL de ser explicado, pelo para mim, que sou cabeça dura:Por que será, que os governos dos países, NÃO ACABAM, com os crimes virtuais?É para que grandes empresas, faturem MUITOS MILHÕES de dólares, para livrar-nos dos MESMOS vírus que elas fabricaram?Parece, que os governos, PERMITEM que a segurança na Web seja MUITO BAIXA, de propósito,para que empresas de anti virus, LUCREM vendendo seus produtos. continuar lendo

Não entendi seu questionamento. A internet é um ambiente livre, além disso, vivemos em um mundo essencialmente capitalista, onde as empresas suprem as necessidades das pessoas. Do seu ponto de vista, como seria resolvido o problema de segurança na internet? continuar lendo