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13 de Maio de 2024

Mineiro é indenizado em US$ 2 milhões por racismo nos EUA

André de Oliveira mora nos Estados Unidos há 22 anos e relata sofrer com discriminação racial no ambiente de trabalho desde 2008

Publicado por Fernanda Favorito
há 9 anos

Por Guilherme Pera- Correio Brasiliense

Mineiro indenizado em US 2 milhes por racismo nos EUA

Um mineiro de 56 anos, que hoje mora nos Estados Unidos, venceu um processo por discriminação racial e deve ser indenizado em US$ 2 milhões (5,6 milhões em reais). A ação, de 2011, resultou no valor para ele e mais outros seis colegas de trabalho.

André de Oliveira mora no estado do Colorado desde 1993, ano em que deixou a capital federal brasileira para tentar se tornar mestre de taekwondo em terras americanas após ser pentacampeão brasileiro. Conseguiu e abriu uma academia da modalidade em 2005, principal fonte de renda dele.

Desde 2006, André complementa o dinheiro do mês na Matheson Trucking, empresa de caminhões e aviões que presta serviços para o "U. S Postal Service", os correios norte-americanos.

Segundo o mineiro criado em Brasília, os dois primeiros anos na empresa foram tranquilos. "Em 2008, contrataram uma gerente que nem cumprimentava os funcionários negros", recordou. "Os colegas brancos perceberam que tinham a preferência dela. Começaram a chamar os africanos de" pretos folgados "e a todos nós de 'nigger' (termo ofensivo utilizado para xingar negros em inglês)", disse.

A situação piorou e uma espécie de apartheid se desenhou dentro da empresa: brancos de um lado, negros de outro. Estes com o triplo de trabalho que aqueles. Após três anos, ele e outros seis colegas — quatro africanos e dois norte-americanos (um negro e um branco) — decidiram apelar para a Justiça. "Fizemos isso depois que começaram a mudar nossos horários de trabalho, sabendo que a maioria tinha empregos por fora, para nos tirar de lá", afirmou.

Na semana passada, o júri de Denver, capital do Colorado, deu a André um final feliz. Ele e os outros seis colegas devem receber uma verba indenizatória milionária por conta dos anos de sofrimento. Ele disse não saber o que pretende fazer com o dinheiro, até porque ainda não sabe se vai ter essa quantia, mas quer ajudar as filhas brasilienses. "Quero dar a elas uma vida digna", disse.

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6 Comentários

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Se fosse no Brasil o valor seria irrisório para não fomentar a "industria do dano moral". continuar lendo

Perfeita a resposta.

Na verdade essa tal "industria do dano moral" é uma criação sob encomenda daqueles que mandam no país por conta do seu poderio econômico e pelo fato de fazerem gordas doações para campanhas eleitorais.

A lei deve ser justa e exemplar ... aqui no Brasil vc é racista quantas vezes quiser, lá nos EUA experimenta fazer de novo pra ver qual será a próxima paulada.

Necessitamos urgentemente de Danos Punitivos. continuar lendo

Quando que aqui no Brasil se ganharia esse valor?
Isso é que é país evoluído. continuar lendo

A unica coisa que sabemos copiar (macaquear) é o que não presta do primeiro mundo. Leis justas, penalidades reais aos criminosos e outros, nos fazemos de cegos, surdos e mudos. Digo nós porque permitimos que idiotas, em todos os níveis, nos julguem, governem e eduquem à maneira que lhes interessam continuar lendo

Se fosse no lixo do Brasil... R$ 10.000,00 seria muiiiito...
Afinal os sangues-azuis não querem perder credibilidade com as empresas que "financiam" festas, eventos, etc... continuar lendo